

Alemão com apelido de italiano e recordista de conquistas
Publicado em 12/12/2020 17h21 - Atualizado há 2 anos - de leitura

Numa tarde de sábado nublado depois de uma intensa chuva durante toda a manhã. Nem por isso a bola ficou fora de campo. E mais uma vez a curiosidade me levou até o Glória, ou mais propriamente um alagado com poucos espaços de grama. Eram alguns poucos, preparados para entrar limpos e sair cobertos de lama. Mesmo assim consegui visualizar um galego atarracado e com muita vontade, que pouco tempo depois estava no time campeão da Segundona joinvilense pelo Juventus do Iririú, em 1971, e dali passou pelo Fluminense do Itaum, Caxias (nos últimos tempos antes da fusão) e no Juventus de Jaraguá do Sul, mas com a maior coleção de conquistas pela Tupy.
Esta figura era de Valdir Niehues, nascido em São Ludgero, no sul catarinense, e que chegou em Joinville em 1967. O futebol lhe abriu as portas do esporte. Era um centroavante rompedor, que sempre deixava sua marca com gols nas redes adversárias. O sobrenome de família foi substituído. Valdir ganhou do jornalista Maceió ((Joel Ferreira Nascimento) o apelido de Nicola. E dali em diante nunca mais ficou de fora das seleções dos destaques da Primeirona, quando se transferiu para a Tupy e foi campeão seguido entre os anos de 1976 e 1983.
O fôlego para correr nos gramados já estava ficando reduzido. Nem por isso Valdir se afastou do esporte. Foi aí que passou a ser atleta de bolão 16 – a bola pequena no Alvorada e seleção joinvilense. Nos Jogos Abertos de 1985, em Brusque, Valdir marcou sua presença pela insistência e garra. Uma semana antes, como funcionário de uma empresa de informática, realizou seu trabalho em Recife. Chegou em tempo para a estreia joinvilense e ficou até as finais da competição com a mesma competência e eficiência.
Fonte: RDB